sábado, 5 de fevereiro de 2011

Como entrar no Mercado de Trabalho?

Paulo Werneck
Ferdinand Bol: Guilda de Mercadores de Vinho
Foto: Brian J. McMorrow
Fonte: http://www.pbase.com
Tentarei responder a esta pergunta, que muitos estudantes se fazem, e não só, mas alerto aos leitores que não sou entendido na questão. Minha resposta apresentará algumas reflexões e experiências que fiz ou que tive, mas não se pretende um guia da questão.
De plano há três alternativas básicas: serviço público, emprego privado ou iniciativa própria.
Seja qual a alternativa preferida, uma medida prévia, sem contra-indicações, é estudar. Não me refiro a estudar o suficiente para obter as notas necessárias para ser aprovado nas cadeiras, estudar para “passar de ano”, mas estudar para saber, para desenvolver um acervo consistente de conhecimentos.
Esse estudo “de verdade” deve continuar após a formatura, e engloba muitas formas, cursos, leitura de livros, aprendizado de línguas, ida a cinemas, tudo o que amplie o conhecimento técnico de comércio exterior e cultura geral, extremamente importante para o setor.
Durante o curso, o ser reconhecido como bom aluno, não apenas estudioso, mas que sabe, já pode resultar em indicações por professores para empresas necessitadas de estagiários ou funcionários.
Se o curso exigir – como espero que exija – trabalho final de curso, mais uma oportunidade se abre. O aluno escolhe um tema que lhe agrade e realiza uma pequena pesquisa de campo nas empresas que lidam com esse tema, provavelmente sendo bem recebido como pesquisador, mas podendo aproveitar o contato para criar relações positivas.
Formado, os passos mudam um pouco.
Serviço público pressupõe concurso, exige preparo. Aqueles que não desperdiçaram o tempo na Universidade se beneficiam de muito avanço em relação aos demais. Resta estudar com dedicação e ter um pouco de sorte.
Trabalhar na iniciativa privada envolve entrega de curriculuns às empresas que possam estar precisando de profissionais. Nesse caso vale a pena conhecer o mercado, ou seja, saber que empresas oferecem as posições desejadas e ir à luta, que poderá ser facilitada se o interessado puder apresentar recomendações de professores ou experiências positivas em estágios.
Finalmente, uma alternativa menos procurada é desenvolver a sua própria empresa. Com um conhecimento bem desenvolvido de comércio exterior o interessado pode agir inicialmente intermediando produtores e consumidores, usando as ferramentas já disponíveis, como o Exporta Fácil.
Uma idéia: o interessado identifica produtos exportáveis, procura compradores, e auxilia as empresas a realizar as exportações, cobrando uma comissão. Depois, quando tiver volume, abre uma empresa de importação e exportação.
A vantagem é que o jovem, não tendo ainda as responsabilidades de família pode manter por um pouco mais de tempo o padrão de consumo de estudante, enquanto a empresa se concretiza e cresce.

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